Entrevista Felipão 1
LANCENET!: A uma semana de completar 10 anos da conquista inédita da Libertadores, como aquele título vem em sua memória? Algo distante, ou uma coisa ainda recente?
FELIPÃO: A primeira lembrança que tenho é a vibração do Marcos no último pênalti. A participação de todos os torcedores, aquele olhar de que havíamos conseguido um feito inacreditável. Todo mundo esperando que o Marcos pegasse aquele pênalti que foi batido (para fora, por Zapata), aquela ansiedade. Quando eu falo de dez anos desse título do Palmeiras, eu visualizo a cena e para mim isso é presente em todos os momentos.
LNET!: Como foi o convívio com o grupo? Todos os jogadores foram unânimes em elogiar o seu comportamento.
F: Nós começamos todo o planejamento no ano anterior, quando ganhamos a Mercosul (em 1998). Dentro deste torneio já colocamos ideias novas de atletas para a Libertadores do ano seguinte. Alguns jogadores que não jogavam e foram aproveitados na Mercosul se prepararam de uma forma diferente e assumiram que a Libertadores era o nosso sonho. Ganhamos a Mercosul e os atletas formaram um grupo com espírito vencedor maior do que a gente imaginava. Depois, dirigir o elenco foi tranquilo. Era uma turma experiente e com muita vontade de ganhar a Libertadores pelo Palmeiras. Fazer a história do clube era algo trabalhado no dia-a-dia. Os jogadores participaram de forma fantástica, em todos os momentos, jogando ou não jogando. Era no vestiário, com palavras, ações... Um exemplo.
LNET!: Mas você teve uma participação importante para manter alguns jogadores, certo? O Velloso, por exemplo, disse que só ficou por causa sua. O Rubens Júnior (lateral-esquerdo reserva) também comentou que você o trouxe para o time.
F: Como eu já tinha participado da Libertadores com o Grêmio duas vezes, eu sabia das dificuldades que iríamos enfrentar se jogador A ou B não ficasse. Não contrataríamos outro com aquele pensando que já existia no grupo. Eu ia ajudando como faz qualquer treinador. Quando houvesse problema de renovação, ou valores a serem ajustados, eu servia de intermediário entre presidência e jogador para contornar a situação. Eu fazia o serviço que era meu, pronto. Era para deixar todos em melhores condições. Fiz isso com um, com outro... Eu lembro que falava para o Marcos: ‘a Libertadores vai ser sua, se prepara porque o Velloso está saindo’. O Marcos já se preparou na Mercosul, e chegou certo ponto da Libertadores que ele foi decisivo. Tudo aquilo foi preparado com seis meses de antecedência. A presidência ajudou na medida do possível e todos os problemas foram contornados.
LNET!: Aquele elenco era bastante diversificado com relação ao comportamento. Tinham jogadores mais tímidos, como o paraguaio Arce, mas tinham atletas alegres, que não paravam de cantar, como o Júnior Baiano. Como era esta relação?
F: Em um grupo diversificado como era o nosso, tinham os jogadores mais soltos, que gostavam de um samba, de uma batucada, isso influenciou bastante em determinados momentos. Sempre estavam em condições de fazer com que o grupo estivesse feliz. Eu não canto, não batuco (risos). Mas participava dando apoio. É importante ter alegria no trabalho para passar isso para o torcedor. O grupo foi se moldando e surgiu aquela grande equipe em 1999.
Li que o Felipão foi pra um time do "...quistão" (nem sei escrever o nome do pais)
Será que ele custa tão mais caro que luxemburgo???
Não sei quanto ele custa, mas com certeza deve estar ganhando bastante pra ta treinando aquele time...
Mas agora naum é o momento para mexer com treinador.
De jeito algum, mas acredito que a paciencia da torcida tem limite, e dia 17 é ele.